Apresento-vos uma ferramenta que acho muito útil.
Eu utilizo. Este texto passou por lá para garantir que não tinha erros.
"Para facilitar o acesso à tecnologia FLiP, a Priberam disponibiliza, em serviço gratuito on-line, o corrector ortográfico e o corrector sintáctico (apenas com sugestões, sem explicação gramatical dos erros), tanto para português europeu quanto para português do Brasil. A partir da janela disponível no ecrã, o utilizador pode digitar as palavras ou as frases (até ao limite de 3000 caracteres) sobre as quais tem dúvidas, seleccionar a variedade de português que pretende e visualizar as correcções propostas."
(Transcrito da página online do FLIP)
Vejam aqui.
A comunicação apresentada pelo ex-ministro da Educação, Marçal Grilo, no V Fórum GPS, nas Caldas da Rainha, pareceu-me muito interessante.
Deixo aqui um resumo das ideias por ele apresentadas e das quais tirei notas. Apresento-as em forma de lista rápida.
Portugal é um pais de assimetrias onde onde o melhor convive lado a lado com o pior.
Cerca de 60% da população tem 6 ou menos anos de escolaridade.
Cerca de 80% dos nossos empresários tem 9 ou menos anos de escolaridade.
Apesar de tudo, nunca tivemos tantos licenciados e doutorados. Nunca tivemos uma elite como a que temos hoje.
Qual o principal problema educativo português? É impossível nomear um único factor mas a forma como a população olha para a escola é importante.
Os portugueses são pouco exigentes consigo próprios e por consequência com os outros.
Características (negativas) dos portugueses:
- têm pena de si próprios;
- gostam de pertencer ao problema e não à solução.
- são invejosos do sucesso do outro.
Uma parte da população acha que o sucesso tem mais a ver com sorte do que com trabalho.
No entanto cada vez mais portugueses já perceberam que para ter sucesso é preciso responsabilidade, iniciativa, arriscar e muito trabalho.
Responsáveis pela educação das crianças e jovens:
1- Pais e família: não dão aulas mas são a referência dos jovens e estabelecem valores.
2- Escola.
Um aluno quando chega ao 5º ano já tem 4000 horas de televisão.
Estamos a criar uma sociedade louca, onde as pessoas são vistas como consumidores e clientes e não como verdadeiras pessoas. É uma sociedade perigosa, sem valores.
Por vezes há uma certa desistência da educação dos filhos por parte das famílias. Sobra a escola que tem então como função transmitir:
- a formação base (Língua Materna, História, Ciências, Tecnologias).
- atitudes e comportamentos como autonomia, liderança, enpreendedorismo, etc. Estes não se ensinam mas é na escola que se desenvolvem.
- valores: respeito pelos outros, solidariedade, respeito pela verdade, tolerância.
As famílias definem a sua "escolaridade mínima recomendável". Esta já é de 12 anos apesar da escolaridade obrigatória se manter nos 9 anos.
Há muitas empresas que já não admitem ninguém com menos do 12º ano.
A Internet vem reforçar a importância da escola. O acto educativo, entre professor e aluno, é fundamental.
A escola deve essencialmente ensinar.
A 1ª prioridade é por os alunos a ler e a gostar de ler.
Quem lê aprende sempre, toda a vida.
Há um estudo da OCDE que demonstra que os alunos que lêem ultrapassam o handicap sócio-cultural.
Vivemos com o horror da cultura televisiva. As pessoas falam de tudo (o que dá na TV) sem saberem nada.
Como contrariar a TV?
Com a escola. Esta tem de tornar atractivo aquilo que não o é quando comparado com a televisão.Por isso o desafio dos professores é tremendo.
Condições para uma escola ser boa:
- ter projecto, saber o que quer fazer;
- ter uma liderança forte;
- ter um corpo docente estável.
Gestão das escolas: deve ser feita sem recorrer ao Ministério da Educação. Deve ser na escola que as coisas da escola se decidem.
Escola Pública/Escola Privada: o que conta não é a génese da instituição mas sim como serve a sociedade.
A funcionalização dos professores é perigosa.
Os professores são uma referência: profissional, cultural e moral. São educadores.
A afirmação da personalidade é fundamental num professor. É essencial que um professor assuma o que pensa sobre as questões perante os seus alunos.
Falta em Portugal a voz da escolas. Temos a voz do Ministério, a voz dos sindicatos mas falta um elemento: a voz das escolas.
Alguns mitos da educação em Portugal:
- Em Portugal ninguém reprova.
É falso. Portugal tem das maiores taxas de retenção na Europa;
- Em Portugal ninguém sabe nada.
Os nossos alunos de 15 anos que frequentam o 8º e 9º ano tem resultados no Estudo Pisa acima da média da OCDE. O que traz a média de Portugal para valores mais baixos são os alunos de 15 anos que frequentam o 5º, 6º e 7º ano (que lá não estariam caso não houvesse tantas retenções).
Ao aluno devem ser impostos metas e resultados pela escola.
Os automatismos, nas aprendizagens, não são um crime.
Retenção/Abandono Escolar: continuamos a conhecer mal as causas. O abandono escolar é muitas vezes uma decisão consciente das familias.
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