Cerca de noventa e cinco encarregados de educação participaram na quinta-feira passada na Escola de Pais do colégio com o tema Sexualidade na Adolescência. Nos últimos anos, muito se tem discutido sobre a educação sexual dos adolescentes, tendo como objectivo essencial a prevenção da gravidez e das doenças sexualmente transmissíveis.
Apesar dos debates e da informação sobre sexualidade hoje estar mais acessível é fácil encontrar jovens, incluindo alunos do ensino superior, com conhecimentos insuficientes e com informações erradas sobre o tema, como prova o estudo realizado pela Associação para o Planeamento da Família e pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Talvez o facto desta matéria ser “ensinada” nas escolas de uma forma demasiado científica/biológica, esquecendo os aspectos práticos e a falta de um diálogo interactivo, aliado ao mau serviço prestado por alguns meios de comunicação social concorram para desconhecimento.
A sexualidade faz parte do ser humano e deve ser vivida sem preconceitos, tabus ou falsos pudores, mas com responsabilidade. Por isso o papel da sociedade não é de proibir ou banalizar o acto sexual, mas sim o de favorecer o poder de ligação deste acto, de modo a facilitar a afirmação pessoal e o encontro do outro como expressão de amor e de uma sexualidade responsável.
Paulo Correia, Médico Ginecologista
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